Saturday, August 13, 2005

estaleiro... mais uma vez

e pronto...
mais uma vez, um joelho para o estaleiro!
já estou farto de ter de estar quieto em casa...

Thursday, August 11, 2005

um pouco mais que apenas palavras...

apenas precisava de um pouco mais que apenas palavras...
como disse, como pedi... um rio tem duas margens, a compreensão também.
era tudo o que precisava, um toque, um ohar... um sentir, um ver...
em silêncio e com o olhar que nao vejo pedes-me o céu... todo ele... todas a s suas estrelas...
já o tentei dar antes e sabes que o darei outra vez, mas peço-te o rio... não todo. apenas um pouco do rio que nos vigiou...
era o que queria... algo mais que apenas palavras...

há prisões que não são feitas de grades e muros...
e há gestos que libertam...

Wednesday, August 03, 2005

a dor da amizade

desde a nossa infância somos metralhados com balas moralistas. pelos adultos, pela televisão, por pseudo-educadores. de todo o lado caem bombas que têm com objectivo moldar segundo a moralidade de uma sociedade.
um desses valores pertence ao bom senso e a nenhuma decadente sociedade como a nossa.
a amizade. quantas vezes nos disseram que a amizade é de ouro? que nenhum sentimento é melhor que a amizade? ou ainda que no fim sobram sempre os amigos? que temos sempre um amigo para ajudar? o melhor que há no mundo é o nosso amigo...
tudo isto está certo... a nossa experiência através do tempo e de vários espaços permite-nos saber isto, dar valor à amizade e por vezes deixar para trás outros valores em prol deste.

mas ninguém diz que por vezes a amizade também é dor, é um vazio, uma frustração de algo que ficou escrito num toque, nas estrelas de uma noite, num oceano de pedra, no frio de uma brisa de inverno...
a amizade nunca é uma frustração, mas há amigos que na relação sentem a frustração desse algo que ficou por existir...
e no olhar de um, aquele brilhozinho para sempre ficará... causando no outro o brilhozinho de uma lágrima...

Sunday, July 31, 2005

silêncio

o careca é amigo do silêncio... e gosta da solidão, ajuda a pensar
mas este novo silêncio... novo não. repetente...
um silêncio conjugado com o verbo esperar e o verbo deseperar...
numa receita onde os ingrdientes são sentimentos... a ausência deles e a necessidade de sentir os quentes e não os frios...

a dor aumenta a cada hora que passa.
a lua (o astro) está em quarto minguante. e tua lua minha, vais deixar de brilhar?

Thursday, July 28, 2005

um filme

plano subjectivo do condutor
respiração ofegante, corpo suado e cansado.
a rotina das mesmas estradas. distraído da estrada e atento no céu...
ao longe um amontoar de nuvens sólidas iluminadas pelo fogo do sol de verão contrastam com os tons cinza do céu...
os primeiros pingos caem no carro... a janela aberta permite cheirar a chuva...
mas naquele momento as nuvens gritam pelo careca. há algo nelas, uma recordação, um cume coberto de neve.

plano geral
planície deserta, apenas uma estrada divide os tons amarelados da secura envolvente.
dia azul, solarento e frio de um inverno tipicamente seco e interior.

plano pormenor
uma placa de sinalização rodoviária: Avila 30Km
em fora de plano ouve-se o ruído de um autocarro. este passa pelo sinal e segue viagem pela só estrada que laminou e separou o deserto. perde-se no horizonte

plano subjectivo
interior do autocarro. quase deserto como o ambiente, apenas algumas cabeças espreitam por entre os bancos. o sol sabe bem ao bater no metal do autocarro.
sente-se o calor, mas na alma também.
o olhar é desviado pela beleza da Mãe.
ao longe vê-se uma montanha, no meio de um nada espanhol... e no topo, o seu cume coberto de neve. tal e qual toque subtil de um pastel, ou pormenor de uma paisagem de aguarela...

plano conjunto
2 almas em 2 corpos em 2 cadeiras e em 2 filas, todos diferentes olham colados no mesmo...
o sol bate-lhes na cara. o sorriso não engana, o ar pensativo também não...

grande plano do condutor
uma memória...um sorriso...

Tuesday, July 26, 2005

a lua

e de repente após o brilho da estrela que aponta para sul surge a lua com o magnetizante luar...
o luar que enfeitiçou... e matou...

a sua chegada era certa, pois a lua responde aos seus ciclos...
apenas a ignorei...
mas brilhará ainda como antes? será que os ciclos vão parar... ou durar...

o careca olha para o céu e tenta obter respostas das estrelas e da lua, mas como se elas são o problema?...

a dança

a chuva... finalmente a chuva, num dia cinzento de verão...
que dia fantástico... apetece sair, gritar, dançar...
a chuva transforma as pessoas... e nem sempre as torna mais escuras, nem sempre as torna mais tristes... a chuva muda. o vento sul avisa sempre a mudança.
o que era o verão sem estes dias? a praia é muito mais praia durante e depois da tempestade... o cheiro da maresia e da areia molhada, o som das ondas enraivecidas, e de repente os pés descalços tocam a areia fria e húmida... não há palavras que consigam descrever este toque, apenas o arrepio que tenho ao pensar, é um toque como alguns sentimentos, tão difíceis de explicar mas tão bons de sentir...
ouve-se a praia no seu estado deserto,puro, com raras almas a deambular e a cheirar, a ouvir e a sentir a praia... e no entanto somos loucos...
somos loucos por não partilhar uma ideia padrão... mas seremos mesmo loucos? eles olham-nos como tal... seremos?
...talvez... como diria a voz de uma geração
i think i'm dumb, maybe i'm just happy (kurt cobain)

Tuesday, July 12, 2005

o brilho depois do apagão

as pessoas pensam demais...
o careca pensa demais... e quando estamos de barriga cheia ainda é pior...
cheia de substâncias nem sólidas nem gasosas constuídas por alguns componentes entre os quais um que não pertence à água ou a uma saudável laranjada... ok uma limonada também é boa e também previne doenças devido à vitamina C.

o careca quase nunca percebe o k se passa à sua volta, pelo menos quando é ele que está envolvido.
isto é um problema. sério dirão alguns... pois eu digo: Muito Muito Sério!

não tenho um dicionário de estrelas, mas bem precisei dele...(e precisarei porque não existe!!)
às vezes pergunto a outras estrelas o que relamente se passa entre elas... umas dizem outras não... às vezes algumas são sinceras... o que é sempre de estranhar... quando a esmola é grande o pobre desconfia, mas por outro lado a cavalo dado não se olha o dente... assim agradeço!
mas mesmo com explicações algo não batia certo...

o apagão era claro... mas havia algo de estranho... a secura já é normal, a viagem também...
algo durante o pré-dia não bate certo...

o careca não percebe nada do que se passa à sua volta...
mas agora há um brilho, se calhar a estrela está mesmo lá...